domingo, 28 de fevereiro de 2010

Resenha: Tricolor 5 x 1 Friburguense

Amigos, o meu personagem do domingo entrou em campo aos prantos, vestindo a camisa 10 que já foi de Rivellino, que já foi de Assis. Era a primeira vez de Wellington Silva como profissional no Maracanã. Aos 17 anos, ele ainda é um garoto, não pode nem dirigir ainda. Porém, o seu futebol é de gente grande, ficou provado hoje.

Logo no início da partida, o argentino Darío Conca invadiu a área pela direita, e caiu após choque com marcador do Friburguense. O árbitro Felipe Gomes da Silva assinalou pênalti. Fred marcou, com paradinha, mas o juiz mandou voltar, porque houve invasão à área. Na segunda cobrança, desta feita sem a polêmica paradinha, Fred mandou para as redes: Fluminense 1 a 0. Vale ressaltar que Conca voltou a ter grande atuação: o pênalti sofrido foi só o começo.

Por exemplo, foi Conca que iniciou a jogada do segundo gol tricolor. Em lançamento espetacular, o argentino encontrou Mariano livre na área. O cruzamento do lateral foi na medida para Fred, mas o zagueiro Wallace salvou em cima da linha. E então começou a brilhar a estrela de Wellington Silva: o garoto matou o rebote no peito e fuzilou para o gol. Na comemoração, mais lágrimas. Fluminense 2 a 0.

O Friburguense quase diminuiu em bola alçada na área: o zagueiro Cadão cabeceou dentro da pequena área, livre, em uma das poucas falhas de marcação da defesa do Fluminense. Rafael efetuou uma bela intervenção, impedindo o gol da equipe serrana.

O segundo tempo chegou, e com ele veio a chuva fina no Maracanã. Com alterações ofensivas, o Friburguense lançou-se todo para o ataque. E, logo aos cinco minutos, quase foi recompensado pela ousadia: Alex avançou em velocidade, e foi derrubado por Gum dentro da área. Pênalti claríssimo, que deveria resultar na expulsão do zagueiro guerreiro. Mas o árbitro errou, ignorando o lance, tão cristalino.

No minuto seguinte, o Fluminense quase ampliou. Mas o goleiro serrano Marcos operou três milagres, em duas finalizações de Fred e uma de Wellington Silva.

Aos vinte, Wellington Silva voltou a brilhar. Em grande jogada pela esquerda, o jovem cruzou na medida para Everton, que só escorou para o gol: Fluminense 3 a 0.

Não tardou a sair o quarto tento pó-de-arroz. Após bem trabalhada triangulação entre Mariano, Conca e Everton, a bola chegou aos pés do argentino, dentro da área. Ele girou e bateu forte, sem chances para Marcos: Fluminense 4 a 0.

O gol de honra do Friburguense veio aos 38, quando o tricolor Diogo pôs a mão na bola dentro da área. O pênalti foi convertido por Wallace: Friburguense 1, Fluminense 4.

Aos 41, o último gol do Fluminense. Após chute de Conca, André Lima dominou e finalizou. Eram os números finais do placar do Maracanã: Fluminense 5 a 1.

Quando Wellington Silva foi substituído pelo técnico Cuca, voltou a chorar, sob intensa e merecida ovação da torcida tricolor. É ele, só poderia ser ele o meu personagem do domingo.

PC

Arbitragem - Fluminense com Felipe Gomes da Silva


Amigos, apitará Fluminense x Friburguense o árbitro Felipe Gomes da Silva. Ele será auxiliado por Lilian da Silva Fernandes Bruno e Andréa Izaura Maffra Marcelino de Sá.

Felipe só apitou dois jogos do Fluminense até hoje. Foram duas fáceis vitórias contra times pequenos do Rio, com 8 gols-pró e nenhum gol-contra:
06/04/2008 - Fluminense 4 x 0 Madureira - Giulite Coutinho (Mesquita/RJ)

PC

sábado, 27 de fevereiro de 2010

História - Fluminense x Friburguense



Amigos, Fluminense e Friburguense já se enfrentaram 37 vezes. Ocorreram 27 vitórias do Fluminense, 6 empates, e 4 vitórias serranas. Ao todo, o Tricolor das Laranjeiras marcou 98 gols, contra 42 do Friburguense.

Eis a lista completa de jogos entre o Fluminense e o Friburguense:
10/05/1954 - Fluminense de Friburgo 1 x 3 Fluminense - Eduardo Guinle (Nova Friburgo)
20/03/1977 - Fluminense de Friburgo 1 x 1 Fluminense - Eduardo Guinle (Nova Friburgo)
12/06/1977 - Fluminense de Friburgo 1 x 2 Fluminense - Eduardo Guinle (Nova Friburgo)
07/03/1979 - Fluminense de Friburgo 2 x 4 Fluminense - Eduardo Guinle (Nova Friburgo)
25/03/1979 - Fluminense 4 x 0 Fluminense de Friburgo - Maracanã (Rio de Janeiro)
03/06/1979 - Fluminense de Friburgo 0 x 3 Fluminense - Eduardo Guinle (Nova Friburgo)
04/08/1984 - Fluminense 5 x 1 Friburguense - Maracanã (Rio de Janeiro)
04/11/1984 - Friburguense 0 x 4 Fluminense - Eduardo Guinle (Nova Friburgo)
07/02/1988 - Friburguense 1 x 1 Fluminense - Eduardo Guinle (Nova Friburgo)
02/04/1988 - Fluminense 4 x 0 Friburguense - Laranjeiras (Rio de Janeiro)
15/02/1995 - Friburguense 1 x 2 Fluminense - Eduardo Guinle (Nova Friburgo)
15/03/1995 - Fluminense 3 x 1 Friburguense - Laranjeiras (Rio de Janeiro)
16/05/1997 - Friburguense 0 x 1 Fluminense - Eduardo Guinle (Nova Friburgo)
18/03/1998 - Friburguense 1 x 2 Fluminense - Eduardo Guinle (Nova Friburgo)
21/04/1998 - Fluminense 1 x 0 Friburguense - Laranjeiras (Rio de Janeiro)
28/03/1999 - Friburguense 1 x 2 Fluminense - Eduardo Guinle (Nova Friburgo)
15/05/1999 - Fluminense 2 x 3 Friburguense - Maracanã (Rio de Janeiro)
22/04/2000 - Friburguense 0 x 0 Fluminense - Eduardo Guinle (Nova Friburgo)
30/04/2000 - Fluminense 3 x 2 Friburguense - Laranjeiras (Rio de Janeiro)
17/02/2001 - Fluminense 6 x 1 Friburguense - Maracanã (Rio de Janeiro)
12/05/2001 - Friburguense 5 x 2 Fluminense - Eduardo Guinle (Nova Friburgo)
18/03/2002 - Friburguense 1 x 0 Fluminense - Eduardo Guinle (Nova Friburgo)
29/05/2002 - Fluminense 1 x 1 Friburguense - Laranjeiras (Rio de Janeiro)
05/06/2002 - Fluminense 3 x 1 Friburguense - Maracanã (Rio de Janeiro)
19/02/2003 - Friburguense 2 x 2 Fluminense - Eduardo Guinle (Nova Friburgo)
07/02/2004 - Friburguense 0 x 3 Fluminense - Eduardo Guinle (Nova Friburgo)
20/03/2005 - Friburguense 2 x 5 Fluminense - Eduardo Guinle (Nova Friburgo)
25/02/2006 - Fluminense 1 x 4 Friburguense - Giulite Coutinho (Mesquita)
24/01/2007 - Fluminense 1 x 0 Friburguense - Maracanã (Rio de Janeiro)
08/03/2008 - Fluminense 5 x 2 Friburguense - Maracanã (Rio de Janeiro)

PCFilho

sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

Fluminense, reconheça sua história!

CAMPEÃO MUNDIAL 1952
BICAMPEÃO BRASILEIRO 1970-1984
COPA DO BRASIL 2007
30 ESTADUAIS
TAÇA OLÍMPICA 1949

Este tricolor apaixonado adere à campanha "Fluminense, reconheça sua história!", exposta no texto abaixo. Trata-se da luta da torcida tricolor para ver reconhecidos e divulgados os importantes títulos do Campeonato Brasileiro de 1970 (Torneio Roberto Gomes Pedrosa, Taça de Prata) e do Campeonato Mundial Interclubes de 1952 (Copa Rio).

Hoje, as três estrelas cima de nosso belíssimo escudo representam os três tris estaduais do Fluminense: 1917-18-19, 1936-37-38 e 1983-84-85. Por motivos desconhecidos, o tetra de 1906-07-08-09 não é representado. Entendemos a importância de todas essas conquistas. Em 1909, o tetra iniciou nossa hegemonia. Em 1919, o tri nos rendeu a cobiçada Taça Colombo. Em 1938, o tri consagrou aquele time espetacular de Romeu, Tim e Hércules. Em 1985, o tri fechou com chave de ouro uma seqüência linda de títulos.

Entretanto, gostaríamos de fazer uma proposta de renovação das estrelas acima do distintivo do Fluminense. Sugerimos que se coloque uma estrela dourada pelo Campeonato Mundial de 1952. Sabemos que a Copa Rio não é oficialmente reconhecida pela FIFA, mas a Copa Intercontinental também não é, e mesmo assim os clubes que a venceram (Santos, Flamengo, Grêmio e São Paulo) se proclamam campeões do mundo. Consideramos que o Fluminense deveria fazer o mesmo, porque a Copa Rio de 1952 de fato foi uma competição dificílima, envolvendo oito dos melhores clubes do planeta, todos campeões em seus países.

Além da estrela dourada, sugerimos duas estrelas prateadas pelos Campeonatos Brasileiros de 1970 e 1984. Em uma aberração política, a CBF não reconhece o título de 1970, sem motivo algum, uma vez que a competição teve formato absolutamente idêntico ao de 1971. Mas nós tricolores conhecemos nossa história, e queremos divulgá-la, uma vez que a imprensa não o faz.

Além disso, sugerimos a manutenção da Taça Olímpica no lado direito das camisas. É uma bela homenagem a essa conquista maravilhosa, que nos enche de orgulho, e precisa ser mantida.

Na festa de apresentação do uniforme de 2010, haveria uma explicação das novas estrelas, com fotos das épocas e jogadores remanescentes das conquistas, e também ressaltar-se-ia a importância da Taça Olímpica.

Essa medida valorizaria essas conquistas, divulgando-as e mostrando à nova geração a grandeza do Fluminense.

Gostaria de ressaltar que essa solicitação não é somente minha. A idéia foi discutida em vários fóruns tricolores na internet, e tem sido amplamente apoiada pela maioria dos participantes.

Agradeço desde já pela atenção,

Paulo Cezar da Costa Martins Filho
Torcedor e sócio do Fluminense Football Club.

***********

Se o leitor concordou com o texto e considera a proposta boa para o Fluminense, peço que encaminhe-o para a Ouvidoria do Fluminense, assinando-o.

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

A estréia de Wellington Silva

Amigos, a estréia do Fluminense na Copa do Brasil foi sonolenta. Ah, como sinto saudades daquele primeiro semestre de 2008. Naquele ano, o Fluminense estava disputando a Copa Libertadores da América, competição à altura de sua gloriosa história. Infelizmente, ano após ano temos que ver o Tricolor pelear por campos esburacados Brasil afora, numa competição que só se torna rentável nas fases finais.

O adversário da noite de quarta foi o Confiança, do Sergipe, clube que perambula há anos pelas divisões inferiores do futebol tupiniquim. O estádio Batistão estava com lotação máxima, o que demonstra a força da torcida tricolor no Nordeste. Se o Fluminense tivesse um mínimo de organização, lá estaria nossa loja móvel, vendendo produtos oficiais para aqueles fãs apaixonados, que têm raras chances de presenciar uma partida de seu clube do coração. Mas nem esse mínimo de organização existe mais em Álvaro Chaves.

Do jogo, não há muito o que registrar. Em jogada de bola parada, o Tricolor abriu o placar, ainda no primeiro tempo. Darío Conca cobrou com veneno, Cássio desviou, e Gum mandou para as redes, vencendo o goleiro Pantera. Houve, minutos depois, uma belíssima cobrança de falta de Conca, mas Pantera defendeu espetacularmente, no ângulo. E o Confiança empatou: Ciro fez boa jogada, e Serginho venceu Rafael. E o primeiro tempo terminou assim: 1 a 1.

No segundo tempo, o treinador tricolor Cuca pôs Wellington Silva, nossa jovem promessa, que estreou hoje e só terá um ano para brilhar por aqui. Porque é assim que acontece no Fluminense hoje: os craques são vendidos antes mesmo de jogarem profissionalmente pelo clube. Assim já se foram Rafael, Fábio, Maurício Alves, e assim se vai Wellington Silva. Triste realidade.

Em boa tabela com Darío Conca, Marquinho invadiu a área e foi derrubado: pênalti claro, assinalado pelo árbitro Jailson Macedo de Freitas. Quando Fred partiu para a bola, todo mundo já esperava a paradinha, que virou sua marca registrada. O problema é que o goleiro adversário também esperava, e ficou ali, parado no meio do gol. E Fred acabou chutando o pênalti para fora.

A sonolência continuava tomando conta de toda a equipe tricolor, com exceção de nosso bravo estreante Wellington Silva. O único brilho da noite foi mesmo a boa estréia de Wellington Silva. No finalzinho, em grande jogada individual, o jovem quase marcou aquele que seria o gol da vitória. Mas a bola foi um pouco mais alta do que deveria.

O jogo de volta será no Maracanã, no dia 10. Como uma primeira fase de Copa do Brasil não atrai o público, provavelmente teremos mais uma noite de prejuízo financeiro. Os combalidos cofres tricolores agradecem.

PC

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

Jogadores que já vestiram as quatro camisas


Amigos, de vez em quando vem à tona um assunto interessante: os jogadores que já vestiram as quatro camisas dos grandes clubes do Rio de Janeiro. O último a entrar para o seleto time é o zagueiro Renato Silva, que assinou com o Vasco, após ter jogado por Flamengo, Fluminense e Botafogo. [post editado em 07/07/2011]

Segue a relação de jogadores que já vestiram as quatro camisas dos grandes do Rio de Janeiro. É possível montar um time completo, do goleiro ao ponta-esquerda!

O goleiro Nielsen Elias surgiu com algum destaque no Fluminense, chegou a disputar os Jogos Olímpicos de 1972, e depois defendeu os arcos de Flamengo, Vasco e Botafogo, antes de se aposentar, em 1982.
Nielsen Elias, após encerrar a carreira, foi preparador de goleiros da Seleção.

O lateral-direito Leonardo Moura começou sua carreira no Botafogo. Após passagens por Vasco, Fluminense e outros clubes, veste desde 2005 a camisa do Flamengo. Outro lateral-direito que passou pelos quatro grandes do Rio, com menos destaque, foi Bruno Carvalho.
Leonardo Moura com as camisas de Botafogo, Fluminense e Flamengo.

Bruno Carvalho.

O habilidoso zagueiro Válber, que fez história no São Paulo FC no início da década de 90, também jogou com as quatro camisas dos grandes do Rio de Janeiro. E ainda encerrou a carreira no América, em 2006.
Válber na Seleção.

Outro zagueiro que faz parte desse time é Moisés, o Xerife. Após iniciar a carreira no Bonsucesso, atuou também por Flamengo, Botafogo, Vasco, Corinthians, Fluminense, Portuguesa e Bangu. Disputou uma partida pela Seleção Brasileira (Brasil 1 x 0 URSS, 21/06/1973). Esteve presente no lendário Campeonato Paulista que deu fim ao jejum corinthiano, em 1977. Ficou famoso pela frase "zagueiro que se preza não ganha o prêmio Belfort Duarte". (esse prêmio era concedido ao jogador mais disciplinado do ano no futebol brasileiro)

Moisés, o Xerife, grande zagueiro da década de 70.

O lateral-esquerdo Leandro Eugênio se destacou no Botafogo, em 1999, na campanha do vice-campeonato da Copa do Brasil. Depois, teve passagens apagadas por Flamengo, Vasco e Fluminense. Outro lateral-esquerdo que vestiu as quatro camisas foi Leonardo Inácio, embora só tenha jogado amistosos pelo Vasco.
Leandro Eugênio.

Leo Inácio.

Atuando como volante, Leandro Ávila também defendeu as quatro camisas. Começou no Vasco, onde foi tricampeão carioca (92-93-94). Transferiu-se para o Botafogo, onde foi campeão brasileiro (95). Após jogar em Internacional e Palmeiras, teve passagem ruim pelo Fluminense. Transferiu-se então para o Flamengo, onde foi novamente tricampeão carioca (99-00-01). Ainda jogou novamente pelo Botafogo antes de encerrar a carreira.

Leandro Ávila com as camisas de Vasco e Flamengo

Ainda no meio-campo, Vitor Luís Pereira da Silva fez história no melhor time da história do Flamengo, tendo conquistado diversos títulos de 1978 a 1983. Depois disso, teve passagens por Vasco (85-86), Botafogo (87-88) e Fluminense (89-90).
Vitor.

A escalação dos "beijoqueiros das 4 camisas" continua com Joubert Araújo Martins, mais conhecido como Beto. Revelado pelo Botafogo, Beto teve um começo de carreira arrasador, sendo peça fundamental na conquista do Campeonato Brasileiro de 1995. Nessa época, chegou à Seleção Brasileira Pré-Olímpica (só não participou das Olimpíadas devido a uma lesão). Após passagens por Napoli/ITA e Grêmio, chegou ao Flamengo. No rubro-negro, fez parte da equipe tricampeã carioca. Do Flamengo, Beto se transferiu para o Fluminense. Pelo Tricolor, disputou apenas o Campeonato Brasileiro de 2002, certame em que o Fluminense chegou à semifinal. Após passagem no futebol japonês, Beto também jogou no Vasco.
Beto em ação por Flamengo e Vasco.

O habilidoso meia avançado Carlos Alberto Dias teve grande passagem pelo Botafogo, sendo campeão estadual em 1990 e vice-campeão brasileiro em 1992. No Vasco, foi campeão carioca em 1993. Também jogou, com menos destaque, no Flamengo e no Fluminense.
Carlos Alberto Dias.

Outro meia que defendeu as quatro principais agremiações cariocas foi Afonsinho. De 1965 a 1970, foi jogador do Botafogo. Em 1971, defendeu o Vasco. Em 1973 e 1974, esteve no Flamengo. Em 1981, realizou 13 partidas pelo Fluminense.
Afonsinho, famoso por ser o primeiro jogador a conseguir o passe livre no Brasil.

A linha de ataque dessa "Seleção" é de muito respeito: começa com Paulo Cézar Caju. O excelente ponta-esquerda começou a carreira no Botafogo, em 1967. Aos 18 anos, teve participação importante na conquista daquele Campeonato Carioca, ao marcar três gols na decisão contra o América. Ainda no alvinegro, conquistou o bi e a Taça Brasil em 1968. Foi reserva da Seleção Brasileira na Copa de 1970. Em 1971, foi considerado culpado em General Severiano pela perda do Campeonato Carioca para o Fluminense. Assim, transferiu-se para o Flamengo, pelo qual foi campeão carioca em 1972. Em 1974, foi titular da Seleção Brasileira na Copa do Mundo, e transferiu-se para o Olympique de Marseille/FRA. Em 1975, chegou com grande pompa ao Fluminense de Francisco Horta. Já na estréia, teve grande atuação na épica vitória sobre o Bayern de Munique, então bicampeão da Liga dos Campeões da Europa. Atuando pela Máquina Tricolor, conquistou o bicampeonato carioca em 1975 e 1976. Depois da passagem pelo Fluminense, ainda jogou por Grêmio, Vasco e Corinthians.
Paulo Cézar Caju na época de Botafogo

Paulo Cézar Caju, do Fluminense, e Franz Beckenbauer, do Bayern de Munique.

O outro atacante peso-pesado desse "escrete" é Cláudio Adão. Após começar a carreira no Santos, Adão transferiu-se para o Flamengo, onde conquistou dois Campeonatos Cariocas (1978 e 1979). Em 1980, foi para o Botafogo, e depois para o Fluminense, e novamente sagrou-se Campeão Carioca. Depois disso, ainda jogou novamente no Flamengo e no Botafogo, e também teve passagem pelo Vasco e pelo Bangu, entre diversos outros clubes.
Cláudio Adão na época de Flamengo

Complemento o post com a listagem dos técnicos que já dirigiram as quatro agremiações:
- Ramón Platero (campeão em 1919 com o Fluminense, e em 1923 com o Vasco).
- Gentil Cardoso (campeão em 1946 com o Fluminense).
- Tim (ídolo do Fluminense como jogador e técnico).
- Zagallo (campeão em 1967/68 com o Botafogo, 1971 com o Fluminense, e 2001 com o Flamengo).
- Jair Pereira (também treinou o América).
- Abel Braga (campeão carioca como jogador em 1973 e 1975 pelo Fluminense e 1977 pelo Vasco; e como técnico em 2004 pelo Flamengo e 2005 pelo Fluminense).
- Joel Santana (campeão carioca em 1992/93 pelo Vasco, 1995 pelo Fluminense, 1996 pelo Flamengo, 1997 pelo Botafogo, e 2008 pelo Flamengo).
- Paulo César Gusmão.
- Oswaldo de Oliveira (Vasco em 2000, Fluminense em 2001, 2002 e 2006; Flamengo em 2003, e Botafogo em 2012).

Complemento o post com a listagem dos jogadores que vestiram 3 das 4 camisas:
- Abel Braga (Fluminense, Botafogo e Vasco).
- Ailton dos Santos Ferraz (Fluminense, Botafogo e Flamengo).
- Alcindo (Fluminense, Botafogo e Flamengo).
- Alessandro Nunes (Fluminense, Flamengo e Vasco).
- Alfredo González (Botafogo, Flamengo e Vasco).
- André Lima (Fluminense, Botafogo e Vasco).
- Andrei (Fluminense, Botafogo e Flamengo).
- Bebeto (Botafogo, Flamengo e Vasco).
- Caio Ribeiro (Fluminense, Botafogo e Flamengo).
- Carlos Alberto Gomes de Jesus (Fluminense, Botafogo e Vasco).
- Carlos Alberto Torres (Fluminense, Botafogo e Flamengo).
- Charles [lateral-direito] (Fluminense, Flamengo e Vasco).
- Cocada (Fluminense, Flamengo e Vasco).
- Conca (Fluminense, Flamengo e Vasco).
- Diego Souza (Fluminense, Flamengo e Vasco).
- Dirceu (Fluminense, Botafogo e Vasco).
- Djair (Fluminense, Botafogo e Flamengo).
- Dodô (Fluminense, Botafogo e Vasco).
- Edmundo (Fluminense, Flamengo e Vasco).
- Eduardo (Fluminense, Botafogo e Vasco).
- Ellington (Fluminense, Flamengo e Vasco)*.
- Elói (Fluminense, Botafogo e Vasco).
- Fabiano Eller (Fluminense, Flamengo e Vasco).
- Felipe (Fluminense, Flamengo e Vasco).
- França (Fluminense, Botafogo e Vasco).
- Garrincha (Botafogo, Flamengo e Vasco)****.
- Gerson (Fluminense, Botafogo e Flamengo).
- Heleno de Freitas (Fluminense, Botafogo e Vasco).*****
- Jean (Fluminense, Flamengo e Vasco).
- Jorge Luiz (Botafogo, Flamengo e Vasco)**.
- Jorginho (Fluminense, Flamengo e Vasco).
- Júlio César [lateral-esquerdo] (Fluminense, Botafogo e Flamengo).
- Júnior César (Fluminense, Botafogo e Flamengo).
- Leandro Amaral (Fluminense, Flamengo e Vasco).
- Leônidas da Silva (Botafogo, Flamengo e Vasco).
- Lira (Fluminense, Flamengo e Vasco).
- Luis Carlos Winck (Botafogo, Flamengo e Vasco).
- Luis Fumanchu (Fluminense, Flamengo e Vasco).
- Luizão (Botafogo, Flamengo e Vasco).
- Marco Antônio (Fluminense, Botafogo e Vasco).
- Mário Sérgio (Fluminense, Botafogo e Flamengo).
- Marquinho Carioca (Fluminense, Flamengo e Vasco).
- Nei Dias (Fluminense, Botafogo e Flamengo).
- Nílson (Fluminense, Flamengo e Vasco).
- Nunes (Fluminense, Botafogo e Flamengo).
- Odvan (Fluminense, Botafogo e Vasco).
- Paulo Roberto Costa [lateral-direito] (Fluminense, Botafogo e Vasco).
- Pelé (Fluminense, Flamengo e Vasco)***.
- Petkovic (Fluminense, Flamengo e Vasco).
- Ramon Menezes (Fluminense, Botafogo e Vasco).
- Renato Carioca (Fluminense, Botafogo e Flamengo).
- Renato Gaúcho (Fluminense, Botafogo e Flamengo).
- Ricardo Rocha (Fluminense, Flamengo e Vasco).
- Rodrigues Neto (Fluminense, Botafogo e Flamengo).
- Rogério Pinheiro (Fluminense, Botafogo e Vasco).
- Romário (Fluminense, Flamengo e Vasco).
- Sérgio Araújo (Fluminense, Flamengo e Vasco).
- Sorato (Fluminense, Botafogo e Vasco).
- Uidemar (Fluminense, Botafogo e Flamengo).
- Valdeir (Fluminense, Botafogo e Flamengo).
- William César de Oliveira (Fluminense, Flamengo e Vasco).
- Wilson Gotardo (Fluminense, Botafogo e Flamengo).
- Yan (Fluminense, Flamengo e Vasco).
- Zada (Fluminense, Botafogo e Vasco).
- Zé Mário (Fluminense, Flamengo e Vasco).

* o goleiro Ellington chegou a ter contrato com Flamengo e Fluminense, mas só atuou pelo Vasco.

** o zagueiro Jorge Luiz atuou nos 4 clubes, mas não defendeu o Fluminense no profissional, apenas nas divisões de base (leia aqui matéria do Globoesporte sobre ele).

*** Pelé atuou amistosamente por Vasco (em 1957), Fluminense (em 1978) e Flamengo (em 1979).

**** Em jogos oficiais, Garrincha atuou apenas por Botafogo e Flamengo. Mas também jogou um amistoso com a camisa do Vasco.

***** Profissionalmente, Heleno de Freitas atuou apenas por Botafogo e Vasco. Mas também jogou no time de aspirantes do Fluminense.

PCFilho
(com importante colaboração dos amigos Daniel Bouzada, Alexandre Magno, André Augusto, Fernando Aster, Fernando Mello, Gabriel Antunes, João Carlos S. Campos, Raphael Laquini e Renato Tomaz).

Arbitragem - Fluminense com Jailson Macedo de Freitas


Amigos, apitará Confiança x Fluminense o árbitro Jailson Macedo de Freitas, da Bahia. Ele será auxiliado por Belmiro da Silva e Adson Márcio Lopes Leal, ambos também da Bahia.

Jailson apitou apenas um jogo do Tricolor até hoje. No dia 20/09/2008, em partida do Campeonato Brasileiro, o Fluminense perdeu para o Coritiba por 3 a 2, no Maracanã. A atuação de Jailson foi desastrosa, uma vez que ele deixou de marcar pênalti claríssimo em Washington, logo aos três minutos do primeiro tempo. (clique aqui para ler a crônica completa daquela partida)

Esperamos que hoje Jailson conserte o estrago, com uma arbitragem correta, sem benefício a nenhum dos times.

Para saber como o técnico Cuca armou o Fluminense para o jogo, leia meu pré-jogo no Gol de Letras.

PC

História - Fluminense x Confiança


Amigos, o Fluminense estréia na Copa do Brasil nesta quarta-feira, contra o Confiança/SE, no Batistão, em Aracaju. O Tricolor já enfrentou o Confiança três vezes ao longo da história (uma vitória sergipana e duas vitórias cariocas):
09/11/1977 - Confiança/SE 1 x 0 Fluminense - Batistão (Aracaju)
11/02/1984 - Fluminense 1 x 0 Confiança/SE - São Januário (Rio de Janeiro)
19/02/1984 - Confiança/SE 0 x 2 Fluminense - Batistão (Aracaju)

Os três jogos foram válidos pelo Campeonato Brasileiro. Para os tricolores supersticiosos, bom sinal: em 1984, a taça acabou indo parar em Álvaro Chaves... :)

Para saber como Cuca armou o Fluminense para o jogo, leia meu pré-jogo no Gol de Letras.

PC

terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

Recordar é viver - O retorno do goleiro aposentado

Continuando a série de histórias da Libertadores...

Cochabamba, Bolívia, 13 de outubro de 1981.

Amigos, quando achamos que já vimos de tudo em futebol, surge mais um fato inusitado. Por exemplo, o incrível azar dos bolivianos do Jorge Wilstermann, semifinalista da Copa Libertadores de 1981. Na mesma semana, os três goleiros do plantel boliviano tiveram problemas. Assim, o clube chegou ao dia do jogo contra o Flamengo sem um arqueiro disponível! Resultado: tiveram que ir buscar o aposentado Issa em casa.

Imagino a surpresa de Issa quando recebeu a proposta cruel: "quer levantar do sofá para enfrentar o Flamengo de Leandro, Júnior, Adílio e Zico?". Issa poderia ter negado. Afinal, já marcara seu nome positivamente na história do futebol boliviano, como na épica vitória do Jorge Wilstermann sobre o poderoso Peñarol, na já distante Copa Libertadores de 1966. Mas Issa aceitou o desafio, e foi para debaixo dos arcos, defender a meta do Jorge Wilstermann.

As testemunhas presentes no Estádio Felix Capriles, em Cochabamba, não conseguem esquecer a cena. Era difícil segurar o riso, diante da figura rechonchuda do goleiro Issa. Ele não merecia aquelas gargalhadas: afinal, teve uma atitude corajosa, que poucos jogadores aposentados teriam. Com um agravante: sem receber um tostão furado, por puro amor ao distintivo.

Para um goleiro totalmente fora de forma, Issa até teve uma boa atuação. O Flamengo só venceu por 2 a 1, gols de Baroninho e Adílio, Melgar descontando. O titular Pérez voltou à equipe no jogo seguinte, e o Jorge Wilstermann não precisou mais dos serviços de Issa. O Flamengo venceu o jogo do Maracanã por 4 a 1, e assegurou a vaga na final da Copa Libertadores de 1981, contra o Cobreloa, do Chile. Após ganhar no Rio e perder em Santiago, o rubro-negro venceu em Montevideo, conquistando assim o mais importante título de sua história.

PC

Ficha Técnica: Jorge Wilstermann/BOL 1 x 2 Flamengo.
Fase semifinal da Copa Libertadores da América de 1981.
Data: 13/10/1981.
Local: Estádio Felix Capriles (Cochabamba, Bolívia).
Jorge Wilstermann: Issa; Bengochea, Navarro, Villalón e Trigo; Enriquez, Aviero e Villaroel; Salguero, Taborga e Bendelack (Melgar).
Flamengo: Raul; Leandro, Figueiredo, Mozer e Júnior; Andrade, Adílio e Zico; Tita (Lico), Nunes e Baroninho (Nei Dias). Técnico: Paulo César Carpegiani.
Árbitro: E. Labó (Peru).
Gols: Baroninho e Adílio (Flamengo); Melgar (Jorge Wilstermann).

(esse texto foi baseado no cômico relato de Francisco Moraes, torcedor do Flamengo, que encarou dias de viagem por terra para assistir a essa partida ao vivo, em Cochabamba)

O título do Botafogo foi previsto em 1989

Sensacional! Meu amigo Bernardo Pombo, editor do blog Bola de Meia, descobriu essa pérola. O filme "A Princesa Xuxa e os Trapalhões", lançado em 1989, continha uma profecia: o Botafogo seria campeão em 2010.

Na cena, Didi, Xuxa e algumas crianças estão numa nave espacial com informações sobre o planeta Terra. Um menino acha uma lata de Coca-Cola, e um outro menino acha um adesivo com o escudo do Botafogo, e a inscrição "Campeão 2010".

Provavelmente, trata-se de uma piada ironizando o período de 21 anos, durante o qual o Botafogo ficara sem conquistar títulos (de 1968 a 1989, ano do lançamento do filme). Vinte e um anos depois, em 2010, o Alvinegro voltaria a ser campeão. Para sorte dos seus torcedores, dessa vez o Botafogo conquistou outros títulos no intervalo, entre eles o Campeonato Brasileiro de 1995.


**********

Perguntar não ofende: até quando a imprensa calhorda tentará tirar Fred e Conca do Fluminense?

**********

Em tempo: não nos esquecemos de você, Marcelo de Lima Henrique! Estatísticas atualizadas:
- Clássicos cariocas do Flamengo 2008-2010 com Marcelo de Lima Henrique:
6 jogos, 6 vitórias, 0 empate e 0 derrota, aproveitamento de 100%.
- Clássicos cariocas do Flamengo 2008-2010 sem Marcelo de Lima Henrique:
22 jogos, 6 vitórias, 11 empates e 5 derrotas, aproveitamento de 43,94%.

**********

Em tempo: Força, Ricardo Gomes! A torcida tricolor está contigo, eterno ídolo!

PC

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

O maior problema do Fluminense

Amigos, não gosto de política. Amplio: sou daqueles que têm horror a política. Convenhamos: não é difícil ter horror a política quando se cresce em um país como o Brasil, consumido por corrupção até as entranhas. Infelizmente, quando queremos modificar de verdade o destino de uma sociedade, a solução necessariamente passa por política.

É assim em países, como o Brasil, é assim em cidades, como o Rio de Janeiro, é assim em clubes, como o Fluminense. Quando o mendigo incomoda o cidadão na rua, o problema não é o mendigo: ele só está ali porque um governante tomou uma decisão política incorreta algum tempo antes. Da mesma forma, quando o lateral tricolor isola um cruzamento, o problema não é o lateral que não sabe cruzar: ele só está ali por causa de uma decisão política errada, no passado.

Pergunto aos meus leitores, se é que os tenho: sabem qual é o maior problema do Fluminense? Respondo: o maior problema do Fluminense é não aprender com os próprios erros.

Começo exemplificando com os resultados em campo, para todo mundo entender. De 1996 a 1998, o Tricolor esteve à beira da aniquilação. Viveu algo até então inimaginável para um gigante como o Fluminense: três rebaixamentos consecutivos. Provando ser um autêntico gigante, o Tricolor sobreviveu a esse inferno. Deveria ter aproveitado a série de infortúnios para aprender valiosas lições. Entretanto, não o fez. Afinal, mais de dez anos depois, a equipe de futebol profissional continua treinando no mesmíssimo local, com condições apenas ligeiramente melhores que as de outrora.

Em 2008, apesar de todas as mazelas, apesar de treinar em um único campo, apesar de não possuir sequer uma academia decente, o Fluminense chegou à final da Copa Libertadores. E, no jogo mais importante do clube em décadas, cometeu um erro fatal: subiu o morro de Quito apenas no dia do jogo. Os jogadores demoraram a se adaptar ao tempo de bola, e o Tricolor sofreu inaceitáveis quatro gols em um tempo. A desvantagem colossal chegou a ser igualada no Maracanã, mas infelizmente perdemos nos pênaltis. Alguma lição aprendida com o insucesso? Em Laranjeiras, está difícil conjugar o verbo aprender. Em 2009, mais uma decisão em Quito, e... bingo! Novamente a equipe subiu a altitude no dia da partida. O resultado: mais uma goleada sofrida, e mais uma taça importante escapando por entre nossos dedos.

Passemos ao campo da política. Em meio à crise dos anos 90, surgiu um grupo de torcedores interessados que parecia ser a salvação do Fluminense: a Vanguarda Tricolor. O numeroso grupo associou-se ao clube, e conseguiu chegar ao poder, colocando seus representantes no Conselho Deliberativo. Porém, no Conselho, esses representantes mostraram que não estavam comprometidos com os ideais defendidos durante a campanha. Uma vez no poder, agiram da mesma forma que seus antecessores. Utilizaram os torcedores inocentes como massa de manobra para chegarem ao poder no clube, e dele se locupletarem. Enquanto isso, o Fluminense definhava, caindo para a surreal Terceira Divisão. Em terra arrasada, surgiu o "messias" David Fischel, para tirar o Fluminense daquele buraco. Fischel não foi eleito: foi aclamado presidente. Ligeiras melhorias transformaram a estrutura do Fluminense: antes ridícula, ela passou a ser sofrível. A melhoria se deu graças, diga-se, aos esforços de Carlos Alberto Parreira. Um ano depois, o pé-de-uva foi demitido, numa injustiça difícil de acreditar. E os mesmos erros de sempre continuaram a ser cometidos: gastos irresponsáveis, trocas constantes de treinadores, salários atrasados, patrocinadores poderosos demais...

Expostos os erros políticos do passado, pergunto: aprendemos lições com eles?

Em 2008, novamente surgiu um grande movimento pela associação de torcedores ao clube, para tentar influenciar nas eleições de 2010. As semelhanças com a Vanguarda Tricolor são gritantes. E, se olharmos para o resultado daquilo tudo, as semelhanças são também perturbadoras. Será que, mais uma vez, a torcida tricolor será utilizada como massa de manobra?

Os pré-candidatos às eleições de 2010 representam mesmo a sonhada mudança que desejamos?

Será Júlio Bueno um bom nome, se ele é apoiado por Marcos Furtado, conselheiro capaz de aprovar a aberração que chamam de orçamento no Fluminense, conselheiro que há anos faz parte das administrações do clube?

Será Peter Siemsen um bom nome, se ele já foi conselheiro, colaborador direto e até mesmo vice-presidente nas gestões Fischel e Horcades? Será Peter um bom nome se teve participação direta na escandalosa demissão de Oswaldo de Oliveira? (utilizando o artifício sujo de acusar o treinador de "abandono de emprego", para não pagar tudo que a ele devia). Será Peter um bom nome se, em 2007, ele era apoiado exatamente pelo pessoal que hoje apoia Júlio Bueno? Será Peter um bom nome se ele endossa nomes como Alcides Antunes e José de Souza, verdadeiros ícones do passado recente do Fluminense?

Serão bons nomes esses participantes da eterna "dança das cadeiras", que faz o Fluminense definhar há mais de dez anos?

Repito: o maior problema do Fluminense é não aprender com os próprios erros.

Reflitam: ser massa de manobra é muito desagradável.

PC

Posts relacionados:

Leituras recomendadas:
- Fluminense pode ter coalizão de oposição (Jornal Extra, 19/02/2010).
- A dança das cadeiras (Marco Aquino, 22/02/2010).

domingo, 21 de fevereiro de 2010

Uma vitória para Nilton Santos


Amigos, não há no mundo espetáculo igual ao Maracanã lotado. A bela festa alvinegra das torcidas de Botafogo e Vasco só ameaçou ser estragada quando se percebeu que vascaínos haviam comprado ingressos do setor botafoguense. Esse exemplo de incivilidade não pode mais ocorrer: os setores de cada clube precisam ser respeitados. Que bom que a confusão logo se dissipou. Antes do jogo, um fato curioso: as duas torcidas unidas, num canto provocando o Flamengo: "cadê o Império do Amor?".

A atmosfera da partida foi marcada pela tensão típica de uma decisão. No primeiro tempo, o dramático zero a zero persistiu. Tanto Botafogo quanto Vasco desperdiçavam inúmeras chances. Nas arquibancadas e cadeiras do Mario Filho, todos roíam as unhas, consumidos por uma angústia infinita. O Vasco levava algum perigo nos dribles do garoto Philippe Coutinho. Ele ainda não pode nem dirigir um carro, mas já consegue infernizar zagueiros em campo. A principal jogada do Botafogo era a bola parada de Lúcio Flávio, com Herrera e El Loco Abreu na área.

Veio o segundo tempo, e como nada mudava, o treinador Joel Santana, do Botafogo, resolveu lançar mão de seu talismã, o jovem Caio. E ele mais uma vez entrou para mudar a partida. A defesa vascaína só conseguia parar Caio com falta. O Botafogo, que jogava recuado, começava a gostar de atacar. Quando Fábio Ferreira cabeceou na direção do gol, um segundo de silêncio assolou o Maracanã. A bola estufou a rede de Fernando Prass, e então houve o urro colossal: gol! Gol do Botafogo!

No minuto seguinte, o juiz Marcelo de Lima Henrique expulsou o vascaíno Nilton, por entrada desleal. A certeza do triunfo tomou conta da torcida do Botafogo. Triunfo que se confirmou no pênalti de Titi em Abreu. O próprio uruguaio cobrou: Botafogo 2 a 0.

Sabem o que é mais engraçado? É que já estava escrito, há milhares de anos, que o Botafogo venceria a Taça Guanabara de 2010, numa final contra o Vasco. Aqui mesmo nesta coluna fez-se o vaticínio, quando aquele torcedor barrigudo queimou a camisa do Botafogo, por ocasião da goleada vascaína. Aquele pedaço de pano glorioso transformou-se em mártir, e passou a potencializar os jogadores alvinegros. Após aquele jogo e aquele martírio, chegou Joel, e não se interrompeu mais a ascensão do Botafogo para a glória. Na época, escrevi aqui que a Joana d'Arc botafoguense talvez ainda fizesse o clube campeão. E de fato fez.

Em 1965, na primeira Taça Guanabara, ocorreu um Vasco x Botafogo na fase inicial. Garrincha desintegrou a defesa vascaína, e o Botafogo venceu facilmente. Acontece que, na final, Vasco e Botafogo voltaram a se enfrentar. Oldair anulou o Mané, e ainda fez seu gol: o Vasco acabou campeão.

Em 2010, a história se repetiu, com papéis trocados. Ocorreu um Botafogo x Vasco na fase inicial. Dodô desintegrou a defesa botafoguense, e o Vasco venceu facilmente. Acontece que, na final, Botafogo e Vasco voltaram a se enfrentar. Fábio Ferreira anulou Dodô, e ainda fez seu gol: o Botafogo acabou campeão. Os idiotas da objetividade dirão: coincidência, pura e absoluta coincidência! Eles se recusam a enxergar o óbvio: que já estava tudo escrito, há milhares de anos.

Joel, o treinador mais campeão no Rio de Janeiro desde Flávio Costa, dedicou a Taça Guanabara a Nilton Santos. Segundo ele, "a Enciclopédia" teve papel fundamental na conquista. Joel sabe das coisas: Nilton Santos sempre tem um papel fundamental nas conquistas alvinegras. O Botafogo só foi campeão hoje, porque um dia o maior lateral-esquerdo de todos os tempos molhou sua camisa. Hoje, cada jogador que veste o glorioso manto recebe sua inspiração.

E é por isso que o Botafogo levantou hoje mais uma taça. Foi uma bela conquista, e o mais importante: foi uma conquista acrescida de martírio. A Joana d'Arc que ardeu em chamas no Engenhão continuará potencializando os atletas alvinegros. Os adversários que se cuidem.

PC

Ficha Técnica
21/02/2010 - Botafogo 2 x 0 Vasco
Competição: Campeonato Carioca (Decisão da Taça Guanabara).
Local: Maracanã (Rio de Janeiro/RJ).
Árbitro: Marcelo de Lima Henrique (RJ), auxiliado por Dibert Pedrosa Moisés (RJ) e Ricardo Maurício Ferreira de Almeida (RJ).
Público: 66.957 pagantes (81.902 presentes).
Renda: R$ 2.078.890,00.
Botafogo: Jefferson; Wellington, Fahel e Fábio Ferreira; Alessandro, Leandro Guerreiro, Eduardo, Lúcio Flavio (Caio) e Marcelo Cordeiro; Herrera e El Loco Abreu. Técnico: Joel Santana.
Vasco: Fernando Prass; Élder Granja, Fernando, Titi e Márcio Careca; Nilton, Léo Gago (Magno, depois Rodrigo Pimpão), Souza (Rafael Carioca) e Carlos Alberto; Dodô e Philippe Coutinho. Técnico: Vagner Mancini.
Gols: Fábio Ferreira, aos 25 do segundo tempo; e El Loco Abreu, aos 38 do segundo tempo.
Cartões amarelos: Léo Gago, Titi (Vasco); Marcelo Cordeiro, Fábio Ferreira (Botafogo).
Cartões vermelhos: Nilton e Titi (Vasco).

Recordar é viver - Garrincha em dia de joão


Rio de Janeiro, 5 de setembro de 1965.

Amigos, a Taça Guanabara foi uma idéia maravilhosa. Vejam a presença de ontem no Maracanã: mais de 115 mil pagantes, para uma renda superior a 70 mil cruzeiros. Uma audiência tão colossal está aí para comprovar que a primeira edição da taça foi um sucesso total.

Boa parte dessa multidão foi ao Maracanã para ver Garrincha. Convenhamos, o Mané é a alegria do povo. Desconfio que, se ele resolvesse jogar sozinho no Maracanã, sem os outros 21 jogadores, nós iríamos ao estádio mesmo assim.

No jogo anterior, o Botafogo venceu o Vasco com uma facilidade impressionante: 3 a 0. Na ocasião, Garrincha fez Oldair de gato e sapato. O Mané desintegrou a defesa vascaína, assim como fizera com os soviéticos em 1958. Foi um verdadeiro baile do Botafogo sobre o Vasco. A atuação fantástica de 11 de agosto dava ao Botafogo a condição de favorito na final da Taça Guanabara.

O lateral-esquerdo Oldair, do Vasco, treinou muito durante o mês, para evitar repetir a atuação de "joão" diante de Garrincha. As testemunhas dos treinamentos do Vasco, dirigidos pelo lendário Zezé Moreira, viram um Oldair aplicado, um Oldair esforçado, chegando antes e saindo depois dos outros.

Quando começou a decisão, Garrincha logo partiu com a bola, para cima de Oldair. Com um carrinho limpo, irretocável, o lateral vascaíno desarmou Mané. E seria assim durante todo o jogo: Garrincha tentava o drible, e Oldair desarmava, perfeito. Garrincha não conseguia passar uma vez sequer por Oldair. Por uma tarde, Oldair parecia o Garrincha que enlouquecia os joões, e Garrincha parecia mais um joão.

Aos 40 do primeiro tempo, Zezinho passou a Oldair. O herói que parava Garrincha fez mais: o chute da entrada da área foi traiçoeiro. A bola quicou na frente de Manga, enganando o goleiro do Botafogo: Vasco 1 a 0.

Aos 5 do segundo tempo, Mário avançou pela esquerda, foi à linha de fundo, e cruzou rasteiro. Manga saltou sem sucesso, e o afobado Paulistinha chutou contra a própria meta: Vasco 2 a 0.

O treinador Zezé Moreira então armou o Vasco para manter o resultado, tocando inteligentemente a bola. Os botafoguenses Paulistinha e Roberto ainda foram expulsos, facilitando a tarefa vascaína. No finalzinho, o olé consagrava o Vasco como primeiro campeão da Taça Guanabara.

Quando o capitão vascaíno Brito ergueu a taça, a derrota da primeira fase estava definitivamente vingada. A torcida vascaína cantava, em coro uníssono. Primeiro, "é campeão!". Depois, "1, 2, 3, Botafogo é freguês!". Por fim, "Garrincha foi joão, e o Vasco é campeão!".

E isso é tudo.

PC

Ficha técnica: Vasco 2 x 0 Botafogo - Decisão da Taça Guanabara de 1965.
Local: Maracanã (Rio de Janeiro).
Data: 05/09/1965.
Vasco: Gainete; Joel, Brito, Fontana e Oldair; Maranhão e Lorico; Luisinho, Célio, Mário e Zezinho. Técnico: Zezé Moreira.
Botafogo: Manga; Joel, Zé Carlos, Paulistinha e Rildo; Airton e Gerson; Garrincha, Sicupira, Jairzinho e Roberto. Técnico: Admildo Chirol.
Árbitro: Frederico Lopes, auxiliado por Eunápio de Queiroz e Claudio Magalhães.
Gols: Oldair, aos 40' do primeiro tempo; e Paulistinha contra, aos 5' do segundo tempo.
Público: 115.064 pagantes.
Renda: Cr$ 72.927,38.

sábado, 20 de fevereiro de 2010

História - Botafogo x Vasco


Amigos, neste domingo, Botafogo e Vasco jogarão pela Taça Guanabara, no Maracanã lotado. Não foram poucas as decisões de troféus entre os clubes, ao longo da história.

O primeiro jogo do chamado "Clássico da Amizade" foi em General Severiano, no longínquo 1923. Na casa do Botafogo, a vitória foi do Vasco, com gols de Mingote, Paschoal e Cecy, Nilo descontando.

Em 1948, Botafogo e Vasco fizeram a decisão do Campeonato Carioca, com vitória do Botafogo em General Severiano. O placar? 3 a 1, com gols de Paraguaio, Braguinha e Octávio, com Ávila contra descontando. A derrota doeu muito para o Vasco, que possuía o melhor time de sua história (o Expresso da Vitória). Pela segunda vez, o clube da Cruz Pátea deixava escapar o bicampeonato (em 1946, perdera para o Fluminense).

Em 1965, Botafogo e Vasco decidiram a primeira Taça Guanabara. Dessa vez, a vitória foi do Gigante da Colina, por 2 a 0 (gols de Oldair e Paulistinha contra). O Botafogo tinha Garrincha, em tarde rara de pouca inspiração. Já no Vasco, o principal nome estava no banco: o lendário treinador Zezé Moreira. Na época, a Taça Guanabara era um campeonato à parte do Estadual, e definia o representante do Rio de Janeiro na Taça Brasil, principal competição nacional de clubes da época.

Em 1968, novamente uma decisão de Campeonato Carioca, com vitória do Botafogo. Diante de mais de 140 mil pessoas no Maracanã, a vitória alvinegra foi acachapante: 4 a 0, gols de Roberto, Rogério, Jairzinho e Gérson.

Em 1990, o Botafogo conquistou o bi, novamente vencendo o Vasco na final, por 1 a 0. Carlos Alberto Dias fez o gol do título, e o Botafogo deu a volta olímpica com a taça. Porém, o Vasco interpretava o regulamento de maneira diferente, exigindo uma prorrogação. Como o Botafogo não quis jogar o tempo extra, o Vasco também se declarou campeão, dando sua volta olímpica com uma caravela. A Justiça Desportiva deu razão ao Botafogo, dias depois.

Em 1997, houve duas decisões entre Vasco e Botafogo. Na final da Taça Guanabara, a vitória foi do quadro de General Severiano, 1 a 0, gol do zagueiro Gonçalves. Depois, na final do Campeonato Carioca, novo triunfo do Botafogo, 1 a 0, gol de Dimba.

Resumindo as decisões entre Vasco e Botafogo:
- na Taça Guanabara: 1 vitória do Vasco (1965) e 1 vitória do Botafogo (1997).
- no Campeonato Carioca: 4 vitórias do Botafogo (1948, 1968, 1990 e 1997), nenhuma do Vasco.

O último jogo, no Engenhão, entrou para a história pela goleada impiedosa do Vasco, em pleno campo botafoguense: 6 a 0, com direito a camisa queimada por torcedor. Conseguirá o Botafogo a revanche?

Ao todo, houve 315 jogos entre os dois clubes. São 138 vitórias do Vasco, 95 empates, e 82 vitórias do Botafogo. O Vasco assinalou 503 gols, contra 421 do Botafogo.

Lista completa de todos os jogos entre Botafogo e Vasco:
22/04/1923 - Botafogo 1 x 3 Vasco - General Severiano (Rio de Janeiro)
01/07/1923 - Vasco 3 x 2 Botafogo - Laranjeiras (Rio de Janeiro)
18/01/1925 - Botafogo 1 x 2 Vasco - General Severiano (Rio de Janeiro)
08/02/1925 - Vasco 3 x 2 Botafogo - Andaraí (Rio de Janeiro)
10/05/1925 - Botafogo 2 x 2 Vasco - General Severiano (Rio de Janeiro)
11/10/1925 - Vasco 4 x 2 Botafogo - Laranjeiras (Rio de Janeiro)
30/10/1925 - Vasco 3 x 3 Botafogo - Laranjeiras (Rio de Janeiro)
21/03/1926 - Vasco 5 x 2 Botafogo - Campos Sales (Rio de Janeiro)
11/04/1926 - Botafogo 3 x 5 Vasco - General Severiano (Rio de Janeiro)
16/05/1926 - Botafogo 2 x 3 Vasco - General Severiano (Rio de Janeiro)
01/08/1926 - Vasco 4 x 2 Botafogo - Andaraí (Rio de Janeiro)
30/10/1926 - Vasco 3 x 3 Botafogo - Laranjeiras (Rio de Janeiro)
27/03/1927 - Botafogo 4 x 5 Vasco - General Severiano (Rio de Janeiro)
14/04/1927 - Botafogo 3 x 6 Vasco - General Severiano (Rio de Janeiro)
26/06/1927 - Botafogo 3 x 3 Vasco - General Severiano (Rio de Janeiro)
24/07/1927 - Vasco 1 x 1 Botafogo - São Januário (Rio de Janeiro)
20/09/1928 - Vasco 1 x 1 Botafogo - Rua Paysandu (Rio de Janeiro)*
21/10/1928 - Botafogo 3 x 1 Vasco - Laranjeiras (Rio de Janeiro)
23/06/1929 - Vasco 2 x 1 Botafogo - Laranjeiras (Rio de Janeiro)**
20/10/1929 - Vasco 2 x 2 Botafogo - São Januário (Rio de Janeiro)
08/06/1930 - Vasco 1 x 2 Botafogo - São Januário (Rio de Janeiro)
30/11/1930 - Botafogo 0 x 2 Vasco - General Severiano (Rio de Janeiro)
27/09/1931 - Botafogo 1 x 1 Vasco - General Severiano (Rio de Janeiro)
20/12/1931 - Vasco 0 x 3 Botafogo - São Januário (Rio de Janeiro)
27/03/1932 - Botafogo 1 x 3 Vasco - General Severiano (Rio de Janeiro)
10/07/1932 - Vasco 0 x 1 Botafogo - São Januário (Rio de Janeiro)
09/10/1932 - Botafogo 0 x 0 Vasco - General Severiano (Rio de Janeiro)
09/12/1934 - Vasco 1 x 1 Botafogo - São Januário (Rio de Janeiro)
30/12/1934 - Botafogo 1 x 1 Vasco - General Severiano (Rio de Janeiro)
06/06/1935 - Vasco 1 x 2 Botafogo - São Januário (Rio de Janeiro)
23/06/1935 - Botafogo 0 x 4 Vasco - General Severiano (Rio de Janeiro)
15/09/1935 - Vasco 1 x 1 Botafogo - São Januário (Rio de Janeiro)***
06/10/1935 - Vasco 0 x 1 Botafogo - São Januário (Rio de Janeiro)***
05/01/1936 - Vasco 1 x 0 Botafogo - ??? (Rio de Janeiro)
14/05/1936 - Vasco 3 x 0 Botafogo - São Januário (Rio de Janeiro)
26/07/1936 - Botafogo 0 x 1 Vasco - General Severiano (Rio de Janeiro)
01/11/1936 - Vasco 0 x 0 Botafogo - São Januário (Rio de Janeiro)
11/04/1937 - Vasco 2 x 0 Botafogo - São Januário (Rio de Janeiro)
01/10/1937 - Vasco 2 x 2 Botafogo - São Januário (Rio de Janeiro)
04/12/1937 - Vasco 3 x 2 Botafogo - São Januário (Rio de Janeiro)
16/06/1938 - Vasco 2 x 1 Botafogo - São Januário (Rio de Janeiro)
10/07/1938 - Botafogo 5 x 2 Vasco - Figueira de Melo (Rio de Janeiro)
29/09/1938 - Botafogo 2 x 2 Vasco - Laranjeiras (Rio de Janeiro)
02/10/1938 - Botafogo 0 x 0 Vasco - General Severiano (Rio de Janeiro)
07/12/1938 - Vasco 2 x 0 Botafogo - São Januário (Rio de Janeiro)
11/12/1938 - Vasco 1 x 2 Botafogo - São Januário (Rio de Janeiro)
28/05/1939 - Vasco 1 x 0 Botafogo - São Januário (Rio de Janeiro)
20/08/1939 - Botafogo 2 x 0 Vasco - General Severiano (Rio de Janeiro)
18/11/1939 - Botafogo 2 x 2 Vasco - Laranjeiras (Rio de Janeiro)
16/06/1940 - Botafogo 0 x 3 Vasco - Laranjeiras (Rio de Janeiro)
21/07/1940 - Vasco 3 x 4 Botafogo - São Januário (Rio de Janeiro)
13/10/1940 - Botafogo 2 x 2 Vasco - General Severiano (Rio de Janeiro)
08/06/1941 - Vasco 5 x 3 Botafogo - São Januário (Rio de Janeiro)
10/08/1941 - Botafogo 1 x 1 Vasco - General Severiano (Rio de Janeiro)
19/10/1941 - Vasco 4 x 0 Botafogo - São Januário (Rio de Janeiro)
23/11/1941 - Botafogo 2 x 2 Vasco - General Severiano (Rio de Janeiro)
07/06/1942 - Vasco 3 x 3 Botafogo - Laranjeiras (Rio de Janeiro)
09/08/1942 - Botafogo 5 x 1 Vasco - General Severiano (Rio de Janeiro)
11/10/1942 - Vasco 2 x 4 Botafogo - São Januário (Rio de Janeiro)
14/03/1943 - Botafogo 1 x 2 Vasco - Gávea (Rio de Janeiro)
22/05/1943 - Botafogo 2 x 0 Vasco - Laranjeiras (Rio de Janeiro)
24/07/1943 - Vasco 4 x 1 Botafogo - São Januário (Rio de Janeiro)
26/09/1943 - Botafogo 1 x 3 Vasco - General Severiano (Rio de Janeiro)
15/03/1944 - Botafogo 0 x 3 Vasco - Laranjeiras (Rio de Janeiro)
10/06/1944 - Botafogo 0 x 2 Vasco - Laranjeiras (Rio de Janeiro)
13/08/1944 - Botafogo 2 x 1 Vasco - General Severiano (Rio de Janeiro)
14/10/1944 - Vasco 1 x 0 Botafogo - São Januário (Rio de Janeiro)
31/03/1945 - Botafogo 1 x 2 Vasco - Laranjeiras (Rio de Janeiro)
03/06/1945 - Botafogo 3 x 5 Vasco - Laranjeiras (Rio de Janeiro)
12/08/1945 - Vasco 1 x 0 Botafogo - São Januário (Rio de Janeiro)
14/10/1945 - Botafogo 2 x 2 Vasco - General Severiano (Rio de Janeiro)
27/03/1946 - Botafogo 4 x 8 Vasco - Laranjeiras (Rio de Janeiro)
21/04/1946 - Botafogo 1 x 1 Vasco - Laranjeiras (Rio de Janeiro)
07/07/1946 - Botafogo 0 x 3 Vasco - General Severiano (Rio de Janeiro)
08/09/1946 - Vasco 1 x 1 Botafogo - São Januário (Rio de Janeiro)
31/05/1947 - Botafogo 4 x 0 Vasco - Gávea (Rio de Janeiro)
21/09/1947 - Botafogo 0 x 2 Vasco - General Severiano (Rio de Janeiro)
07/12/1947 - Vasco 0 x 0 Botafogo - São Januário (Rio de Janeiro)
13/06/1948 - Botafogo 2 x 2 Vasco - Gávea (Rio de Janeiro)
26/09/1948 - Botafogo 2 x 1 Vasco - General Severiano (Rio de Janeiro)
12/12/1948 - Botafogo 3 x 1 Vasco - General Severiano (Rio de Janeiro)
18/09/1949 - Botafogo 2 x 2 Vasco - General Severiano (Rio de Janeiro)
11/12/1949 - Vasco 2 x 1 Botafogo - São Januário (Rio de Janeiro)
05/02/1950 - Vasco 3 x 2 Botafogo - São Januário (Rio de Janeiro)
08/10/1950 - Botafogo 1 x 0 Vasco - Maracanã (Rio de Janeiro)
14/01/1951 - Vasco 2 x 0 Botafogo - Maracanã (Rio de Janeiro)
20/06/1951 - Botafogo 3 x 0 Vasco - Laranjeiras (Rio de Janeiro)
29/09/1951 - Botafogo 1 x 1 Vasco - Maracanã (Rio de Janeiro)
28/10/1951 - Vasco 1 x 1 Botafogo - Maracanã (Rio de Janeiro)
08/03/1952 - Vasco 2 x 1 Botafogo - Maracanã (Rio de Janeiro)
11/05/1952 - Botafogo 4 x 1 Vasco - Laranjeiras (Rio de Janeiro)
11/10/1952 - Botafogo 1 x 1 Vasco - Maracanã (Rio de Janeiro)
30/11/1952 - Vasco 1 x 0 Botafogo - Maracanã (Rio de Janeiro)
16/05/1953 - Botafogo 0 x 0 Vasco - Maracanã (Rio de Janeiro)
21/06/1953 - Botafogo 1 x 2 Vasco - Maracanã (Rio de Janeiro)
15/08/1953 - Vasco 4 x 1 Botafogo - Maracanã (Rio de Janeiro)
29/11/1953 - Botafogo 1 x 2 Vasco - Maracanã (Rio de Janeiro)
27/12/1953 - Botafogo 1 x 1 Vasco - Maracanã (Rio de Janeiro)
19/05/1954 - Vasco 5 x 3 Botafogo - Maracanã (Rio de Janeiro)
19/09/1954 - Botafogo 1 x 3 Vasco - Maracanã (Rio de Janeiro)
22/12/1954 - Botafogo 2 x 4 Vasco - Maracanã (Rio de Janeiro)
02/02/1955 - Botafogo 1 x 1 Vasco - Maracanã (Rio de Janeiro)
20/03/1955 - Botafogo 3 x 2 Vasco - Maracanã (Rio de Janeiro)
20/04/1955 - Botafogo 2 x 1 Vasco - Maracanã (Rio de Janeiro)
30/10/1955 - Botafogo 2 x 3 Vasco - Maracanã (Rio de Janeiro)
29/01/1956 - Vasco 2 x 1 Botafogo - Maracanã (Rio de Janeiro)
29/07/1956 - Botafogo 0 x 0 Vasco - Maracanã (Rio de Janeiro)
25/11/1956 - Vasco 3 x 2 Botafogo - Maracanã (Rio de Janeiro)
25/04/1957 - Vasco 3 x 2 Botafogo - Maracanã (Rio de Janeiro)
22/09/1957 - Botafogo 2 x 2 Vasco - Maracanã (Rio de Janeiro)
10/11/1957 - Vasco 3 x 0 Botafogo - Maracanã (Rio de Janeiro)
26/03/1958 - Vasco 4 x 2 Botafogo - Maracanã (Rio de Janeiro)
11/06/1958 - Botafogo 5 x 0 Vasco - General Severiano (Rio de Janeiro)
14/06/1958 - Vasco 1 x 3 Botafogo - São Januário (Rio de Janeiro)
28/09/1958 - Vasco 3 x 2 Botafogo - Maracanã (Rio de Janeiro)
07/12/1958 - Botafogo 2 x 0 Vasco - Maracanã (Rio de Janeiro)
03/01/1959 - Botafogo 1 x 0 Vasco - Maracanã (Rio de Janeiro)
10/01/1959 - Vasco 2 x 1 Botafogo - Maracanã (Rio de Janeiro)
30/04/1959 - Vasco 2 x 0 Botafogo - Maracanã (Rio de Janeiro)
29/08/1959 - Botafogo 1 x 0 Vasco - Maracanã (Rio de Janeiro)
15/11/1959 - Vasco 4 x 2 Botafogo - Maracanã (Rio de Janeiro)
07/04/1960 - Botafogo 1 x 1 Vasco - Maracanã (Rio de Janeiro)
27/08/1960 - Vasco 2 x 0 Botafogo - Maracanã (Rio de Janeiro)
04/12/1960 - Botafogo 2 x 1 Vasco - Maracanã (Rio de Janeiro)
18/03/1961 - Botafogo 5 x 1 Vasco - Maracanã (Rio de Janeiro)
17/08/1961 - Botafogo 1 x 1 Vasco - Maracanã (Rio de Janeiro)
19/11/1961 - Botafogo 4 x 0 Vasco - Maracanã (Rio de Janeiro)
22/12/1961 - Botafogo 2 x 1 Vasco - Maracanã (Rio de Janeiro)
21/02/1962 - Botafogo 4 x 1 Vasco - Maracanã (Rio de Janeiro)
04/08/1962 - Vasco 1 x 0 Botafogo - Maracanã (Rio de Janeiro)
04/11/1962 - Botafogo 1 x 1 Vasco - Maracanã (Rio de Janeiro)
13/03/1963 - Botafogo 1 x 1 Vasco - Maracanã (Rio de Janeiro)
03/09/1963 - Botafogo 2 x 0 Vasco - Maracanã (Rio de Janeiro)
22/11/1963 - Botafogo 1 x 1 Vasco - Maracanã (Rio de Janeiro)
15/04/1964 - Vasco 1 x 0 Botafogo - Maracanã (Rio de Janeiro)
19/08/1964 - Botafogo 2 x 0 Vasco - Maracanã (Rio de Janeiro)
07/11/1964 - Botafogo 2 x 0 Vasco - Maracanã (Rio de Janeiro)
24/03/1965 - Vasco 4 x 2 Botafogo - Maracanã (Rio de Janeiro)
20/05/1965 - Vasco 1 x 0 Botafogo - Maracanã (Rio de Janeiro)
11/08/1965 - Botafogo 3 x 0 Vasco - Maracanã (Rio de Janeiro)
17/10/1965 - Vasco 2 x 1 Botafogo - Maracanã (Rio de Janeiro)
04/12/1965 - Botafogo 2 x 1 Vasco - Maracanã (Rio de Janeiro)
27/03/1966 - Botafogo 3 x 0 Vasco - Maracanã (Rio de Janeiro)
27/08/1966 - Botafogo 2 x 0 Vasco - Maracanã (Rio de Janeiro)
07/09/1966 - Botafogo 2 x 1 Vasco - Amaro Lamari Júnior (Rio de Janeiro)
25/10/1966 - Botafogo 2 x 1 Vasco - Maracanã (Rio de Janeiro)
18/12/1966 - Vasco 2 x 1 Botafogo - São Januário (Rio de Janeiro)
26/04/1967 - Vasco 1 x 0 Botafogo - Maracanã (Rio de Janeiro)
06/08/1967 - Vasco 3 x 2 Botafogo - Maracanã (Rio de Janeiro)
05/11/1967 - Vasco 2 x 0 Botafogo - Maracanã (Rio de Janeiro)
13/12/1967 - Botafogo 3 x 1 Vasco - Maracanã (Rio de Janeiro)
28/04/1968 - Vasco 2 x 0 Botafogo - Maracanã (Rio de Janeiro)
09/06/1968 - Botafogo 4 x 0 Vasco - Maracanã (Rio de Janeiro)
28/07/1968 - Vasco 1 x 1 Botafogo - Maracanã (Rio de Janeiro)
05/10/1968 - Vasco 2 x 1 Botafogo - Maracanã (Rio de Janeiro)
04/05/1969 - Botafogo 1 x 0 Vasco - Maracanã (Rio de Janeiro)
04/06/1969 - Vasco 2 x 0 Botafogo - Maracanã (Rio de Janeiro)
06/07/1969 - Vasco 3 x 0 Botafogo - Maracanã (Rio de Janeiro)
12/10/1969 - Botafogo 2 x 0 Vasco - Maracanã (Rio de Janeiro)
21/04/1970 - Vasco 0 x 0 Botafogo - Maracanã (Rio de Janeiro)
31/05/1970 - Botafogo 1 x 1 Vasco - Maracanã (Rio de Janeiro)
26/07/1970 - Botafogo 0 x 0 Vasco - Maracanã (Rio de Janeiro)
17/09/1970 - Vasco 2 x 1 Botafogo - Maracanã (Rio de Janeiro)
27/09/1970 - Botafogo 1 x 0 Vasco - Maracanã (Rio de Janeiro)
06/04/1971 - Botafogo 4 x 2 Vasco - Maracanã (Rio de Janeiro)****
09/05/1971 - Botafogo 0 x 0 Vasco - Maracanã (Rio de Janeiro)
23/05/1971 - Botafogo 2 x 1 Vasco - Maracanã (Rio de Janeiro)
06/07/1971 - Vasco 2 x 0 Botafogo - Maracanã (Rio de Janeiro)
31/10/1971 - Vasco 1 x 0 Botafogo - Maracanã (Rio de Janeiro)
05/03/1972 - Botafogo 3 x 0 Vasco - Maracanã (Rio de Janeiro)
23/07/1972 - Vasco 2 x 1 Botafogo - Maracanã (Rio de Janeiro)
16/08/1972 - Botafogo 0 x 0 Vasco - Maracanã (Rio de Janeiro)
15/10/1972 - Botafogo 0 x 0 Vasco - Maracanã (Rio de Janeiro)
22/04/1973 - Vasco 2 x 1 Botafogo - Maracanã (Rio de Janeiro)
14/07/1973 - Vasco 3 x 2 Botafogo - Maracanã (Rio de Janeiro)
05/08/1973 - Botafogo 0 x 2 Vasco - Maracanã (Rio de Janeiro)
16/12/1973 - Botafogo 0 x 1 Vasco - Maracanã (Rio de Janeiro)
30/03/1974 - Botafogo 0 x 0 Vasco - Maracanã (Rio de Janeiro)
25/08/1974 - Vasco 3 x 2 Botafogo - Maracanã (Rio de Janeiro)
13/10/1974 - Vasco 2 x 1 Botafogo - Maracanã (Rio de Janeiro)
04/12/1974 - Botafogo 1 x 1 Vasco - Maracanã (Rio de Janeiro)
16/03/1975 - Botafogo 1 x 1 Vasco - Maracanã (Rio de Janeiro)
04/05/1975 - Botafogo 1 x 0 Vasco - Maracanã (Rio de Janeiro)
02/08/1975 - Botafogo 1 x 0 Vasco - Maracanã (Rio de Janeiro)
14/08/1975 - Vasco 2 x 0 Botafogo - Maracanã (Rio de Janeiro)
24/01/1976 - Vasco 2 x 0 Botafogo - Raulino de Oliveira (Volta Redonda)
09/05/1976 - Vasco 2 x 1 Botafogo - Maracanã (Rio de Janeiro)
04/07/1976 - Botafogo 3 x 1 Vasco - Maracanã (Rio de Janeiro)
25/07/1976 - Botafogo 1 x 1 Vasco - Maracanã (Rio de Janeiro)
22/08/1976 - Vasco 1 x 0 Botafogo - Maracanã (Rio de Janeiro)
18/02/1977 - Vasco 4 x 3 Botafogo - Maracanã (Rio de Janeiro)
29/05/1977 - Vasco 2 x 0 Botafogo - Maracanã (Rio de Janeiro)
21/08/1977 - Botafogo 0 x 2 Vasco - Maracanã (Rio de Janeiro)
13/11/1977 - Botafogo 0 x 0 Vasco - Maracanã (Rio de Janeiro)
23/04/1978 - Vasco 0 x 0 Botafogo - Maracanã (Rio de Janeiro)
14/10/1978 - Botafogo 2 x 2 Vasco - Maracanã (Rio de Janeiro)
29/10/1978 - Vasco 2 x 1 Botafogo - Maracanã (Rio de Janeiro)
18/02/1979 - Botafogo 1 x 1 Vasco - Maracanã (Rio de Janeiro)
08/04/1979 - Vasco 2 x 0 Botafogo - Maracanã (Rio de Janeiro)
01/07/1979 - Botafogo 0 x 0 Vasco - Maracanã (Rio de Janeiro)
22/09/1979 - Botafogo 1 x 1 Vasco - Maracanã (Rio de Janeiro)
07/10/1979 - Vasco 2 x 1 Botafogo - Maracanã (Rio de Janeiro)
06/07/1980 - Botafogo 0 x 0 Vasco - Maracanã (Rio de Janeiro)
21/09/1980 - Vasco 1 x 0 Botafogo - Maracanã (Rio de Janeiro)
09/11/1980 - Vasco 2 x 0 Botafogo - Maracanã (Rio de Janeiro)
21/06/1981 - Botafogo 1 x 1 Vasco - Maracanã (Rio de Janeiro)
13/09/1981 - Botafogo 0 x 0 Vasco - Maracanã (Rio de Janeiro)
11/10/1981 - Botafogo 3 x 1 Vasco - Maracanã (Rio de Janeiro)
28/04/1982 - Vasco 0 x 0 Botafogo - São Januário (Rio de Janeiro)
15/05/1982 - Botafogo 3 x 3 Vasco - Maracanã (Rio de Janeiro)
05/09/1982 - Vasco 1 x 0 Botafogo - Maracanã (Rio de Janeiro)
07/11/1982 - Botafogo 4 x 1 Vasco - Maracanã (Rio de Janeiro)
24/07/1983 - Botafogo 3 x 2 Vasco - Maracanã (Rio de Janeiro)
09/10/1983 - Botafogo 1 x 0 Vasco - Maracanã (Rio de Janeiro)
15/09/1984 - Vasco 3 x 0 Botafogo - São Januário (Rio de Janeiro)
25/11/1984 - Vasco 2 x 1 Botafogo - Maracanã (Rio de Janeiro)
03/03/1985 - Botafogo 3 x 1 Vasco - Maracanã (Rio de Janeiro)
10/04/1985 - Vasco 2 x 1 Botafogo - Maracanã (Rio de Janeiro)
15/09/1985 - Botafogo 0 x 0 Vasco - Maracanã (Rio de Janeiro)
10/11/1985 - Vasco 1 x 0 Botafogo - Maracanã (Rio de Janeiro)
06/04/1986 - Botafogo 2 x 0 Vasco - Maracanã (Rio de Janeiro)
27/04/1986 - Vasco 3 x 2 Botafogo - Maracanã (Rio de Janeiro)
15/03/1987 - Botafogo 0 x 0 Vasco - Maracanã (Rio de Janeiro)
26/04/1987 - Vasco 2 x 1 Botafogo - Maracanã (Rio de Janeiro)
01/10/1987 - Botafogo 0 x 1 Vasco - Maracanã (Rio de Janeiro)
28/03/1988 - Vasco 4 x 3 Botafogo - Maracanã (Rio de Janeiro)
23/05/1988 - Botafogo 0 x 3 Vasco - Maracanã (Rio de Janeiro)
01/12/1988 - Vasco 3 x 0 Botafogo - Maracanã (Rio de Janeiro)
12/03/1989 - Botafogo 0 x 0 Vasco - Maracanã (Rio de Janeiro)
14/05/1989 - Botafogo 1 x 1 Vasco - Maracanã (Rio de Janeiro)
29/11/1989 - Botafogo 2 x 2 Vasco - Maracanã (Rio de Janeiro)
18/02/1990 - Botafogo 1 x 1 Vasco - Maracanã (Rio de Janeiro)
18/03/1990 - Botafogo 1 x 1 Vasco - Maracanã (Rio de Janeiro)
29/07/1990 - Botafogo 1 x 0 Vasco - Maracanã (Rio de Janeiro)
06/11/1990 - Vasco 2 x 2 Botafogo - São Januário (Rio de Janeiro)
02/12/1990 - Botafogo 2 x 2 Vasco - Caio Martins (Niterói/RJ)
16/12/1990 - Vasco 1 x 1 Botafogo - São Januário (Rio de Janeiro)
14/04/1991 - Vasco 3 x 0 Botafogo - Maracanã (Rio de Janeiro)
20/06/1991 - Vasco 2 x 0 Botafogo - Maracanã (Rio de Janeiro)
02/07/1991 - Botafogo 1 x 0 Vasco - Maracanã (Rio de Janeiro)
25/08/1991 - Botafogo 1 x 1 Vasco - Maracanã (Rio de Janeiro)
03/11/1991 - Botafogo 3 x 3 Vasco - Maracanã (Rio de Janeiro)
12/04/1992 - Vasco 2 x 1 Botafogo - Maracanã (Rio de Janeiro)
24/06/1992 - Vasco 2 x 1 Botafogo - Conselheiro Galvão (Rio de Janeiro)
07/09/1992 - Vasco 1 x 0 Botafogo - São Januário (Rio de Janeiro)
14/11/1992 - Vasco 3 x 1 Botafogo - São Januário (Rio de Janeiro)
07/03/1993 - Vasco 2 x 0 Botafogo - Maracanã (Rio de Janeiro)
09/05/1993 - Vasco 2 x 1 Botafogo - Maracanã (Rio de Janeiro)
26/06/1993 - Vasco 1 x 1 Botafogo - São Januário (Rio de Janeiro)
17/07/1993 - Botafogo 1 x 2 Vasco - Caio Martins (Niterói/RJ)
01/10/1993 - Botafogo 1 x 2 Vasco - Conselheiro Galvão (Rio de Janeiro)
06/03/1994 - Vasco 2 x 0 Botafogo - Maracanã (Rio de Janeiro)
10/04/1994 - Vasco 1 x 0 Botafogo - Maracanã (Rio de Janeiro)
06/05/1994 - Vasco 3 x 1 Botafogo - Maracanã (Rio de Janeiro)
23/05/1994 - Botafogo 3 x 2 Vasco - Ítalo del Cima (Rio de Janeiro)
23/11/1994 - Botafogo 0 x 0 Vasco - Maracanã (Rio de Janeiro)
19/02/1995 - Botafogo 1 x 1 Vasco - Maracanã (Rio de Janeiro)
19/03/1995 - Botafogo 2 x 0 Vasco - Maracanã (Rio de Janeiro)
23/04/1995 - Vasco 1 x 0 Botafogo - Maracanã (Rio de Janeiro)
19/06/1995 - Botafogo 1 x 1 Vasco - Caio Martins (Niterói/RJ)
06/11/1995 - Botafogo 2 x 1 Vasco - Caio Martins (Niterói/RJ)
21/11/1995 - Vasco 0 x 0 Botafogo - São Januário (Rio de Janeiro)
26/11/1995 - Botafogo 2 x 0 Vasco - Maracanã (Rio de Janeiro)
17/02/1996 - Botafogo 5 x 3 Vasco - Maracanã (Rio de Janeiro)
24/03/1996 - Botafogo 3 x 2 Vasco - Maracanã (Rio de Janeiro)
26/05/1996 - Botafogo 1 x 0 Vasco - Maracanã (Rio de Janeiro)
14/07/1996 - Botafogo 2 x 0 Vasco - Mané Garrincha (Brasília/DF)
03/11/1996 - Vasco 2 x 1 Botafogo - Maracanã (Rio de Janeiro)
09/03/1997 - Vasco 1 x 2 Botafogo - São Januário (Rio de Janeiro)
30/03/1997 - Botafogo 1 x 0 Vasco - Maracanã (Rio de Janeiro)
27/04/1997 - Botafogo 1 x 0 Vasco - Maracanã (Rio de Janeiro)
24/05/1997 - Vasco 2 x 0 Botafogo - Maracanã (Rio de Janeiro)
05/07/1997 - Botafogo 0 x 1 Vasco - Maracanã (Rio de Janeiro)
08/07/1997 - Botafogo 1 x 0 Vasco - Maracanã (Rio de Janeiro)
10/10/1997 - Vasco 1 x 0 Botafogo - Maracanã (Rio de Janeiro)
24/01/1998 - Vasco 1 x 0 Botafogo - Mané Garrincha (Brasília/DF)
07/02/1998 - Botafogo 2 x 2 Vasco - Mané Garrincha (Brasília/DF)
29/03/1998 - Botafogo 2 x 1 Vasco - Maracanã (Rio de Janeiro)
10/05/1998 - Vasco 1 x 0 Botafogo [W.O.] - Maracanã (Rio de Janeiro)
27/09/1998 - Vasco 2 x 0 Botafogo - Maracanã (Rio de Janeiro)
11/04/1999 - Vasco 1 x 0 Botafogo - Maracanã (Rio de Janeiro)
30/05/1999 - Botafogo 1 x 1 Vasco - Maracanã (Rio de Janeiro)
15/08/1999 - Vasco 2 x 1 Botafogo - Maracanã (Rio de Janeiro)
09/04/2000 - Botafogo 0 x 0 Vasco - Maracanã (Rio de Janeiro)
07/06/2000 - Botafogo 1 x 1 Vasco - Maracanã (Rio de Janeiro)
12/11/2000 - Botafogo 2 x 1 Vasco - Maracanã (Rio de Janeiro)
29/04/2001 - Vasco 7 x 0 Botafogo - Maracanã (Rio de Janeiro)
13/10/2001 - Botafogo 1 x 3 Vasco - Maracanã (Rio de Janeiro)
18/02/2002 - Botafogo 0 x 1 Vasco - Rua Bariri (Rio de Janeiro)
21/03/2002 - Botafogo 2 x 2 Vasco - Maracanã (Rio de Janeiro)
29/05/2002 - Botafogo 2 x 2 Vasco - Giulite Coutinho (Mesquita)
08/06/2002 - Vasco 0 x 1 Botafogo - São Januário (Rio de Janeiro)
15/09/2002 - Botafogo 1 x 1 Vasco - Maracanã (Rio de Janeiro)
26/01/2003 - Vasco 1 x 1 Botafogo - São Januário (Rio de Janeiro)
08/02/2004 - Botafogo 1 x 1 Vasco - Maracanã (Rio de Janeiro)
30/05/2004 - Botafogo 0 x 4 Vasco - Maracanã (Rio de Janeiro)
19/09/2004 - Botafogo 2 x 2 Vasco - Maracanã (Rio de Janeiro)
30/01/2005 - Botafogo 1 x 1 Vasco - Maracanã (Rio de Janeiro)
08/05/2005 - Vasco 0 x 1 Botafogo - São Januário (Rio de Janeiro)*****
07/09/2005 - Botafogo 2 x 2 Vasco - Luso-Brasileiro (Rio de Janeiro)
19/10/2005 - Vasco 1 x 0 Botafogo - São Januário (Rio de Janeiro)*****
22/01/2006 - Botafogo 5 x 3 Vasco - Maracanã (Rio de Janeiro)
25/05/2006 - Botafogo 4 x 1 Vasco - Maracanã (Rio de Janeiro)
24/09/2006 - Botafogo 0 x 0 Vasco - Maracanã (Rio de Janeiro)
01/04/2007 - Botafogo 2 x 0 Vasco - Maracanã (Rio de Janeiro)
11/04/2007 - Botafogo 4 x 4 Vasco [PK 4x1] - Maracanã (Rio de Janeiro)
14/06/2007 - Botafogo 4 x 0 Vasco - Maracanã (Rio de Janeiro)
14/10/2007 - Vasco 2 x 1 Botafogo - Maracanã (Rio de Janeiro)
02/02/2008 - Botafogo 3 x 2 Vasco - Maracanã (Rio de Janeiro)
25/05/2008 - Botafogo 1 x 1 Vasco - Engenhão (Rio de Janeiro)
24/08/2008 - Vasco 1 x 1 Botafogo - Maracanã (Rio de Janeiro)

Observações:
* Este jogo se iniciou em 17/06/1928, em São Januário, mas foi suspenso quando o Botafogo vencia por 1 a 0. No dia 20/09/1928, o jogo foi retomado na Rua Paysandu, e o placar final foi 1 a 1.
** Este jogo se iniciou em 16/06/1929, em Laranjeiras, mas foi suspenso aos 20 minutos do segundo tempo, por falta de luz, quando o Vasco vencia por 2 a 0. No dia 23/06/1929, o jogo foi retomado no mesmo local, e o placar final foi 2 a 1.
*** O jogo do dia 15/09/1935 foi anulado por ter sido encerrado aos 29 minutos do segundo tempo, por falta de luz, quando o placar marcava 1 a 1. No dia 06/10/1935, a partida foi jogada novamente, na íntegra, e o resultado foi Botafogo 1 a 0. Considerei os dois jogos para a estatística do confronto.
**** O jogo do dia 26/03/1971 foi interrompido devido às fortes chuvas na região do Maracanã, quando ainda estava 0 a 0. Novo jogo foi disputado na íntegra, no dia 06/04/1971. O Botafogo venceu por 4 a 2. Só considerei o segundo jogo para a estatística.
***** O jogo do dia 08/05/2005 foi anulado por ter sido apitado por Edilson Pereira de Carvalho, que depois confessou ter manipulado alguns jogos. A partida foi disputada novamente no dia 19/10/2005. Considerei os dois jogos para a estatística do confronto.

Fontes:

PC